As ações da WeWork desabaram mais de 40% nas negociações de pré-mercado após a notícia de que a empresa pode entrar com pedido de recuperação judicial já na próxima semana nos EUA, segundo reportagem do The Wall Street Journal.

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A empresa teve uma das trajetórias mais dramáticas do último boom de startups – alcançando uma avaliação de US$ 47 bilhões antes de uma tentativa desastrosa de uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) e de desafios para seu modelo de coworking durante a pandemia.

As ações caíram para US$ 1,33 no início do pregão, antes da abertura dos mercados dos Estados Unidos nesta quarta-feira. Na terça-feira, as ações fecharam em queda de 12%, a US$ 2,28. Com isso, o valor de mercado da empresa era de US$ 165,7 milhões até ontem.

Procurada, a companhia disse que “não comentaria especulações”. Na terça, a WeWork informou que mantinha discussões com credores sobre “melhorar seu balanço patrimonial” e que estava tomando medidas para “racionalizar sua pegada imobiliária”. Na véspera, a empresa firmara “acordo de tolerância” com seus credores que se encerrará em sete dias.

Esse acordo de tolerância dará à empresa “tempo para continuar as conversas positivas com nossas principais partes interessadas financeiras e se envolver com elas para implementar nossos esforços estratégicos contínuos para melhorar nossa estrutura de capital”, disse o porta-voz, acrescentando que a empresa tem “uma visão clara e de longo prazo para o futuro”.

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A empresa de coworking sediada em Nova York foi lançada em 2010. Tendo o cofundador Adam Neumann como seu carismático divulgador, a WeWork arrecadou bilhões de dólares e cresceu rapidamente, muitas vezes dobrando a receita a cada ano. Em seu auge, era uma das startups mais valiosas do país e operava escritórios em todo o mundo.

Adam Neumann , cofundador do WeWork — Foto: Bloomberg
Adam Neumann , cofundador do WeWork — Foto: Bloomberg

Também se envolveu em projetos em outras áreas, como uma escola primária, edifícios residenciais e um academia chamado.