A Organização Mundial da Saúde (OMS) está monitorando a nova subvariante do Covid-19 Arcturus que dispararam os alarmes para o aumento considerável de casos na Índia, onde as infecções se multiplicaram por treze no último mês. No momento, acredita-se que essa variante do vírus seja a mais infecciosa, por isso os especialistas alertam que ela pode “se espalhar pelo mundo”.

Conhecido cientificamente como XBB.1.16, esta subvariante foi detectada pela primeira vez no final de janeiro. Desde então, registrado em 22 países, mas a que mais foi afetada é a Índia. Nesse sentido, segundo o ministro da Saúde indiano, foram detectados no país asiático 40.215 casos ativos de Covid até quarta-feira, 12 de abril, mais 3.122 do que no dia anterior.

Segundo dados da plataforma Nosso mundo em dados da Universidade de Oxford, na terça-feira, 4 de abril, o número de infecções diárias era de 3.108, ante 242 no mês anterior. A prevalência de Arcturus na Índia aumentou de 21,6% em fevereiro para 35,8% em março, mas nenhuma hospitalização ou morte foi relatada, informou a mídia local NDTV.

Três anos depois: a pandemia acabará em breve, mas não estamos preparados para a próxima

Diante do aumento de casos, Hospitais indianos estão em alerta vermelho. Somado a isso, devido ao “aumento significativo” de infecções, em alguns estados como Haryana, voltou a ser imposto o uso de máscara em locais públicos, medida que ficou de lado por mais de um ano. No estado de Kerala, mulheres grávidas, idosos e pessoas com doenças pré-existentes também foram afetados por essa política.

Da mesma forma, o Ministério da Saúde realizou nesta semana simulados como curso de atualização para médicos com o objetivo de comprovar o quão preparados os centros de saúde estavam diante de um provável crescimento de pacientes. Além disso, as autoridades pediram aos estados que aumentassem os testes. Apesar disso, o Governo pediu às pessoas que não entrem em pânicoexplicando que fizeram todos os preparativos para uma possível nova onda de Covid.

No início de março, o ministro-chefe de Delhi, Arvind Kejriwal, alertou que Arcturus é a subvariante de propagação mais rápida e que pode até fugir das vacinas. A este respeito, pediu aos habitantes da capital do país que tenham cuidado e indicou que “quem está totalmente vacinado também pode ser infetado”.

A OMS colocou “Arcturus” em sua lista de “variante sob supervisão”

No final de março, a OMS colocou o XBB.1.16 em sua lista de “variantes sob vigilância”. Nesse sentido, durante uma conferência de imprensa, Maria van Kerkhove, responsável técnica da OMS para a Covid, afirmou que se trata de uma variante “a observar”. Além disso, ela esclareceu que esta cepa “está em circulação há alguns meses”. O epidemiologista acrescentou que Arcturus foi detectado em outros países, mas que seu maior impacto foi na Índia, onde substituiu outras variantes.

Quanto à maior capacidade de contágio, a mulher explicou que tem uma mutação adicional na proteína spike. “Em estudos de laboratório, mostra maior infecciosidade, bem como um potencial aumento da patogenicidade”, explicou Kerkhove a esse respeito.

A Índia é o país que mais foi afetado pela nova subvariante da Covid.

Apesar de as autoridades terem mencionado que as mutações são preocupantes, o epidemiologista esclareceu que os especialistas em saúde não observaram “uma mudança de gravidade nos indivíduos ou nas populações”, nem notaram um aumento no perigo da doença. doença. Nesse sentido, os cientistas não esperam que seja mais letal do que outros tipos atualmente em circulação.

Por seu lado, os cientistas japoneses sugeriram que Arcturus é 1,2 vezes mais contagioso do que a cepa Kraken, uma subvariante que havia disparado alarmes na Europa e nos Estados Unidos no final de janeiro devido ao aumento de casos de Covid. Em um estudo que publicaram no site de pesquisas bioRxivos pesquisadores explicaram que a mutação genética de XBB.1.16 o tornaria mais resistente ao sistema imunológico, sugerindo que “ele se expandirá em todo o mundo em um futuro próximo”. No entanto, esclareceram que não encontraram evidências de que ele tenha uma melhor capacidade de evadir a imunidade oferecida por vacinas ou por infecção anterior.

mb/ds

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