Nos campos serenos de Pamplona, ​​na fazenda pioneira da SLC, debates recentes trouxeram diferentes previsões para a SLC (SLCE3) durante o seu Dia do Investidor.

Localizada em Cristalina, GO, a fazenda serve como cenário para que analistas possam integrar seu conhecimento ao panorama financeiro da SLC.

Alguns analistas adotaram uma postura otimista, enquanto outros preferiram ser mais cautelosos, demonstrando a evolução do mercado.

O Itaú BBA ressaltou a base sólida da SLC, destacando-se como líder em eficiência de custos no setor agrícola brasileiro. Eles elogiaram a capacidade da empresa de gerar lucros consistentes, mesmo diante de mudanças de mercado que poderiam representar desafios no curto prazo.

Esta resiliência, no entanto, é parcialmente ofuscada pelas quedas nos preços das commodities, consequência da recente desvalorização do real.

Além disso, o Itaú BBA prevê possíveis ganhos com o fenômeno La Niña, esperado para o final de 2024. No entanto, a incerteza sobre a intensidade desse fenômeno mantém os investidores em alerta.

O JPMorgan investe no otimismo, focando no ciclo 2024-2025. Sua confiança se baseia em taxas de câmbio confiáveis, insumos acessíveis e previsões climáticas positivas, que reforçam as projeções de retorno de capital da SLC, estimadas em mais de 20%.

Prevê-se um ano excepcional para a colheita de soja e uma melhora gradual na produção de algodão, graças a uma gestão agrícola aprimorada.

No entanto, o cultivo de milho apresenta desafios no Maranhão devido ao tempo limitado de plantio, afetando a produção regional.

Os investimentos estratégicos em terras pela SLC também oferecem uma visão positiva de crescimento. Com um aumento de 7% no valor da terra neste ano e uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 14,15% desde sua oferta pública inicial em 2007, a SLC superou o CDI em 7,9%.

Esses números refletem não apenas a gestão prudente dos ativos da SLC, mas também indicam uma potencial rentabilidade a longo prazo em um cenário agrícola instável.

Tanto o JPMorgan quanto o Itaú BBA reiteraram a recomendação de compra, apontando um preço-alvo de R$ 24, sustentado pelos sólidos indicadores de desempenho da SLC e sua visão estratégica.

Por outro lado, a XP adotou uma abordagem mais conservadora. Ficaram surpresos com as recentes atualizações na avaliação de terras e demonstraram cautela, aguardando para avaliar a direção dos preços das commodities e das margens de lucro nas próximas colheitas.

Este conjunto de insights do Dia do Investidor da SLC resume a complexa relação entre risco e recompensa no investimento agrícola e reflete ciclos econômicos mais amplos e o sentimento do mercado.

À medida que os analistas traçam a trajetória da empresa, os investidores observam, equilibrando a cautela com a atração de lucros potenciais.