Com o mapa de calor do província de Buenos Aires começando a subir de temperatura em pleno ano eleitoral, o último enquete de Consultor BC pesquisados ​​quais são os distritos onde medem melhor e pior Cristina Kirchner e Maurício Macrios dois referentes máximos da polarização nacional.

No meio de candidaturas definitivas e indefinidas no Juntos pela Mudança e na Frente de Todos, os dois referentes foram postos à prova numa das zonas mais populosas do país: o 24 localidades na Grande Buenos Aires. Justamente no território onde o contexto de incertezas, problemas sociais, inflação e descontentamento cotidiano pesam no cenário eleitoral de 2023.

Ao todo, o relatório consultou um total de 18.898 casos entre 1º e 5 de março, com margem de erro de +/- 3,1%. Lá os dois ex-presidentes foram eleitos por eleitorados privados e rejeitados por municípios onde nunca tiveram boas referências.

Pesquisa na província de Buenos Aires: números a favor de Axel Kicillof e da Frente de Todos

Como Cristina Kirchner mede na província de Buenos Aires

No caso do vice-presidente, coletou seus melhores números em O abate com 50,5% de imagem positiva, Moreno com 50,1% e Florencio Varela com 49,8%. Em todos esses distritos os dirigentes são peronistas. No território de Matanzas, onde o executivo é chefiado por Fernando Espinoza, o kirchnerismo guarda um de seus mais fortes tesouros de adesões.

Em José C. Paz, governado por Mario Ishii, o ex-presidente chegou a 47,3%. Em contrapartida, há uma importante imagem negativa que naquela localidade já aparece acima dos 50%. Em termos gerais, nas 21 circunscrições restantes, a imagem do chefe do Senado é mais negativa do que positiva.

Faz parte de uma tendência e é produto do desgaste que a Frente de Todos vem sofrendo por conta da gestão, da economia e da política. Adicionado a isso é a falta de direção. O que isso marca é que ter reunido grande parte do peronismo para derrotar Mauricio Macri é uma experiência fracassada e que gera desordem”, analisa em diálogo com o PROFILE o diretor da CB Consultora, Cristian Buttié.

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“Cristina já não é garantia de um triunfo exaustivo e mesmo de um resultado excepcional em Buenos Aires. A operação de clamor é mais por uma solicitação de microclima do que para conseguir um resultado competitivo em termos eleitorais”, acrescentou o analista político.

Em San Isidro e Vicente López, territórios impossíveis para o kirchnerismo, o rejeições à imagem vice-presidencial atingiram 83,5% e 80,9%, respectivamente.

Os números de Mauricio Macri na Grande Buenos Aires

Ao contrário de seu antecessor em 2015, Macri foi classificado com imagem negativa acima de 50% em todos os distritos pesquisados.

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Seus melhores números foram registrados em Vicente López (45,5%) e San Isidro (41,7%), os dois municípios onde Cristina Kirchner tem uma rejeição de mais de 80%. Pesos e contrapesos.

Os números positivos do fundador do PRO, porém, aparecem mais deflacionados segundo a reportagem. Em San Miguel, terceiro município onde melhor se mede sua imagem, chega a 32,3% de positivos e 62,3% de negativos. A partir daí os números descem até a última posição: em Merlo, a imagem de Macri é de +17,1% e -79,2%.

“Macri havia crescido na medição anterior, mas caiu agora. No entanto, os subúrbios de Buenos Aires são seu calcanhar de Aquiles, sempre começa com números negativos. Nesse sentido, raspa um pouco Bullrich e gera um diferencial para Rodríguez Larreta. A ausência de Cristina enfraquece Macri, os dois precisam um do outro”, diz Buttié.

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Como Axel Kicillof mede

O governador da província de Buenos Aires escorregou na abertura atrasada das sessões legislativas realizadas na segunda-feira que iria para um segundo mandato para renovar o poder que lhe foi concedido em 2019”.É a minha última abertura de sessões, ou pelo menos a última desta primeira etapadisse Kicillof.

PERFIL perguntou a Cristian Buttié como ele via a imagem do presidente levando em consideração sua última pesquisa, mas também as anteriores. “Kicillof não é o mesmo que venceu em 2019, não retém esses votos nem aquela imagem. Tem números aceitáveis ​​na terceira secção eleitoral onde está o seu reduto, mas no quadro da eleição nacional é preciso ver quem o acompanha no escrutínio presidencial para ver como flutua e que evolução terá”, analisou.

Em termos gerais, a imagem de Kicillof situou-se numa positividade inferior a 50%. O distrito com os melhores números foi Almirante Brown (49,5%), seguido de Moreno com o mesmo número e Lomas de Zamora (48,1%). A sua imagem negativa nos 24 distritos ultrapassou os 45%.

20230306 Axel Kicillof na abertura das sessões ordinárias de Buenos Aires.
Axel Kicillof na abertura das sessões do Legislativo de Buenos Aires.

“No caso hipotético de Kicillof tirar a eleição, vemos que ele tem uma margem de competitividade porque mantém uma base de 32 ou 33 pontos com uma imagem aceitável na terceira seção. Ele também tem Javier Milei que divide a oposição com seus 15 ou 16 pontos“, Buttié disse sobre as possibilidades eleitorais do ex-ministro da Economia. No entanto, ele esclareceu: “Não será perto de 50 pontos.”

IG/fl

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