o vice-presidente Cristina Kirchner lançou duras críticas ao STF, que qualificou de “mamarracho” durante seu discurso na Plaza de Mayo pelo 20º aniversário da posse de Néstor Kirchner. Além disso, pediu a todos os partidos políticos que modificassem o Tribunal.

“Aquele Tribunal, ao qual Néstor (Kirchner) havia pedido seu impeachment, ao lado desse idiota que temos hoje, um verdadeiro idiota indigno… As coisas que se sabem nunca foram ditas sobre um juiz da Corte”, enfatizou sobre a última metade de sua oratória diante de uma multidão que a apoiou sob a chuva.

“Não importa se ele é um jurista de uma orientação ou de outra, mas os argentinos merecem ter um Supremo Tribunal de Justiça digno, é a imagem do país também”, enfatizou o vice-presidente e acrescentou: “Os argentinos merecem ter novamente um Supremo Tribunal de Justiça que possa ser chamado assim sem ficar vermelho.Peço a todos os partidos políticos da Argentina”.

25 DE MAIO LOCAL 20230525

“Com todos os defeitos, erros, equívocos, que aqueles que fazem parte de um poder executivo, de um poder legislativo, possam ter em suas diferentes vertentes políticas, a população diante deles tem uma garantia: a do voto; Se você não gosta daquele presidente, daquele ministro, tanto faz, você tem o voto nas mãos”, analisou.

Os netos de Cristina Kirchner subiram ao palco do evento na Plaza de Mayo

Temos que repensar o desenho institucional argentino, não podemos continuar com o empecilho monárquico de pessoas nomeadas vitalícias e nunca mais prestarão contas a ninguém nem a nada, não se sabe o que eles têm, não se sabe seus depoimentos, não se sabe onde moram”, disse ele. “Isso não é democracia”, ela argumentou sem rodeios.

“É hora de as instituições da República Argentina não estarem aí para cuidar dos interesses dos poderosos, mas de todos os argentinos e argentinos”, encerrou.

Cristina Kirchner criticou a oposição e qualificou o tom ao se referir a Alberto Fernández

Tínhamos chegado com a maior dívida inadimplente da história e estávamos saindo da dívida e com a menor dívida em moeda forte das últimas décadas, 8% só em dólares”, disse o vice-presidente, fazendo um balanço dos esforços de Kirchner. “As famílias também não endividavam, as empresas também não endividavam, porque o salário era o melhor da América Latina, porque a previdência era a melhor da América Latina, lutamos contra os fundos abutres e sem acesso ao mercado de capitais pagamos mais de cem bilhões de dólares”, acrescentou.

O que recebemos quando voltamos em 2019? Argentina novamente endividada em dólaresEm 2016, 2017 éramos o país do mundo que mais endividava em dólares e quando não dava para pagar, aconteceu o que aconteceu: de novo o FMI, mas com um adicional, deram 57 bilhões para eles ganharem o eleições de dólares, um empréstimo inédito e incomum. 45 bilhões de dólares foram liquidados e mesmo assim não puderam pagar as eleições. Eles nos entregaram um país endividado com desemprego de dois dígitos”, enfatizou.

“Certamente alguém diz ‘e agora como estamos?’ Todos sabem as diferenças que tive e que tenho porque o disse no dia 20 de dezembro na cidade de La Plata (…) mas esse governo é infinitamente melhor que outro do Macri, não tenho dúvidas“, ele alegou.

rb/ds

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