Na semana passada, o dólar americano continuou caindo em relação ao real brasileiro, refletindo uma tendência global de enfraquecimento da moeda americana.

Especialistas sugerem que essa desvalorização do dólar pode levar o Federal Reserve dos EUA a reduzir as taxas de juros em setembro, uma medida muito aguardada pelos mercados internacionais.

Os últimos dados do Índice de Preços ao Produtor (PPI) dos EUA, divulgados no domingo, mostraram um aumento mensal de 0,2% e um crescimento anual de 2,6%. Esses números, ligeiramente acima das expectativas do mercado, indicam uma inflação persistente, mas controlável, em contraste com dados anteriores que sugeriam uma melhora econômica mais acentuada.

No domingo, o dólar comercial foi cotado a R$ 5,430 na compra e R$ 5,431 na venda, registrando queda diária de 0,20%.

Os mercados futuros também responderam: o contrato de dólar de agosto caiu 0,12%, a 5.444 pontos. Na semana, a moeda americana acumulou perda de 0,58%. As oscilações anteriores levaram o dólar à máxima de R$ 5,441 na noite, após o que subiu 0,53%.

No domingo, a moeda começou sua sessão em declínio, influenciada por quedas mais amplas em moedas de países exportadores de commodities e mercados emergentes. No entanto, comentários do Ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, sobre a perspectiva fiscal levaram a uma recuperação temporária.

Falando em São Paulo, Haddad se manifestou contra a expansão da política fiscal nas condições atuais, sugerindo que cortes nos gastos primários podem ser necessários para estabilizar as finanças públicas do Brasil. Embora tenha negado esforços para suavizar a posição do presidente Lula sobre o Banco Central, Haddad admitiu que algumas das preocupações de Lula eram válidas. Os investidores permanecem cautelosos, pois os planos de Haddad para ajustes fiscais permanecem vagos.

A expectativa de que o Fed começaria a reduzir as taxas de juros contribuiu para a fraqueza geral do dólar. Com o US Dollar Index caindo 0,36% para 104,07, o desempenho do dólar continua a cair em relação a várias moedas importantes.

Relatórios recentes sobre índices de emprego e preços sugerem possíveis mudanças futuras na política do banco central dos EUA que podem transformar o cenário financeiro global.