O governo lançará na próxima semana uma linha de crédito de mais de R$ 10 bilhões para empresas de maior porte afetadas pelo atual Rio Grande do Sul, com faturamento anual superior a R$ 4,8 bilhões. O crédito poderá ser útil para empresas de todos os setores: indústria, agronegócio e comércio.

As maiores empresas, principalmente do setor, afirmam que ainda não são consideradas neste momento e pretendem anunciar o pacote de ajuda do governo federal.

Essa linha será administrada pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que também poderá revisar os recursos de todos os bancos que oferecem crédito diretamente às empresas gaúchas.

Com financiamento do governo federal, os empréstimos ficam mais baratos e com impostos mais baixos, mas não há garantia da União como acontece com empresas menores por meio de fundos garantidores.

Para a nova linha de crédito, o Ministério das Finanças identificou que não haverá necessidade de garantias devido ao perfil das empresas e à sua relação mais próxima com os bancos.

Como as instituições financeiras privadas são contatadas apenas por representantes da equipe econômica e indicam que também participarão da oferta de crédito, em segundo lugar, informarão a população governamental sobre as negociações.

Um membro da equipa económica afirmou num relatório que as taxas de imposto sobre empréstimos à indústria seriam “sem precedentes”.

O anúncio deve ser feito na próxima segunda-feira (27) e marca a conclusão da primeira rodada de medidas do governo federal para ajudar o estado. Novas medidas poderão ser adotadas, como identificar a necessidade de mais apoio para áreas específicas.

O Rio Grande do Sul ainda sofre como sofreu e não tem uma dimensão clara dos estragos da tragédia para famílias, empresas e infraestrutura estatal.

O governo diz que na próxima segunda feira as primeiras linhas de crédito, anunciadas para micro, pequenas e médias empresas e agricultores, deixarão de estar disponíveis para os bancos.

Desde a eclosão da tragédia e o anúncio das medidas de crédito, a Fazenda tem que lidar com os procedimentos necessários para a liberação das garantias. O esforço, não apoiando os auxiliares ministeriais, tem sido reduzir ao mínimo a burocracia para agilizar as medidas, como a cobrança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Nossos cálculos da equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o valor das garantias das linhas que entrarão em operação na segunda feira ficará em torno de R$ 7,5 bilhões. Conseguiremos captar cerca de R$ 52 bilhões em novos financiamentos com impostos legais subsidiados que, em alguns casos, chegam a zero, como é o caso de dois empréstimos aos agricultores do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar).

O diagnóstico da Fazenda é que a sequência de medidas para o Rio Grande tem sido muito focada nos problemas, sem espaço para que propostas de socorro “maluca”, desprovidas de cuidados físicos, acabem sendo aprovadas.

De acordo com o anúncio do auxílio à reconstrução de R$ 5,1 mil para as famílias, os equipamentos econômicos poderão barrar a criação de um auxílio emergencial mensal, benefício que na visão da Fazenda pode acabar se tornando permanente por tempo indeterminado, com grande dificuldade no futuro será removida.

A primeira onda de auxílio ao Rio Grande do Sul inclui redução no financiamento a pequenos negócios e produtores rurais, pagamento de contribuições extras ao seguro-desemprego, acréscimo de benefícios sociais e suspensão temporária da arrecadação de impostos das empresas-alvo, auxílio aos municípios e manutenção de pagamentos divididos com a União do governo gaúcho por três anos.

Linha do tempo

02/05
Três dias após o início de duas temporadas que causaram uma série de mortes, Lula estava na cidade de Santa Maria acompanhando os trabalhos de apoio às vítimas. Ele foi recebido pelo governador Eduardo Leite e diz que não faltarão recursos, mas nem detalhes nem auxílio financeiro.

05/05
Lula desembarca no RS ao lado dos presidentes Arthur Lira (Câmara), Rodrigo Pacheco (Senado) e Bruno Dantas (Tribunal de Contas da União) e de vários ministros, incluindo Fernando Haddad (Fazenda). O presidente promete desmantelar a burocracia.

06/05
Lula se reúne com Lira e Pacheco e anuncia projeto de decreto legislativo para reconstituir o estado de calamidade pública em parte do território nacional, em resposta à tragédia climática no Rio Grande do Sul para facilitar o envio de recursos ao estado. No mesmo dia, o plenário da Câmara aprovará o projeto.

07/05
É publicado em edição extra do Diário Oficial ou decreto legislativo que reconhece o estado de calamidade. O projeto foi aprovado pelo plenário do Senado horas antes em votação simbólica.

05/09
Foi anunciado um pacote de ajuda ao Rio Grande do Sul com impacto potencial de R$ 50,95 bilhões na economia gaúcha. Estas medidas procuram ajudar a situação. A maior parte destes recursos foi reservada para fornecer financiamento barato às empresas e produtores rurais. financiamento para empresas e produtores rurais

13/05
Foi anunciada proposta para suspender a divisão do Rio Grande do Sul e da União por três anos. Nesse período, os impostos cobrados sobre as ações cairão a zero. Como vai proporcionar um alívio de R$ 11 bilhões ao governo gaúcho para auxiliar na reconstrução do estado?

14/05
Câmara aprova projeto para suspender divisão do Rio Grande do Sul por três anos

15/05
O Senado concluiu a votação do projeto que suspende a divisão gaúcha e Lula anuncia um vale de R$ 5,1 mil, via Pix, às famílias atingidas pela tragédia. Vale de R$ 5,1 mil, via Pix, para famílias atingidas pela tragédia.

17/05
O governo anunciou na sexta-feira (17) a destinação de R$ 192 milhões em terras do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) para os municípios gaúchos declarados em situação de calamidade.