Protestos que pedem por um cessar-fogo na Faixa de Gaza foram realizados neste sábado (21) em cidades como Londres, Washington e Madri. Em Israel, familiares e manifestantes pedem pela liberação dos reféns do Hamas.

Em Londres, a manifestação seguiu em direção a Downing Street, onde ficam os escritórios oficiais do primeiro-ministro britânico. Os manifestantes pediam por “Palestina livre”, com dezenas de bandeiras da Palestina e cartazes com os dizeres “Gaza: parem o massacre” e “Parem a ocupação”.

Por volta das 14 horas (hora local), o protesto registrou quase 100 mil pessoas, informou a polícia de Londres no X (antigo Twitter). Outras manifestações também ocorreram em Birmingham (no centro da Inglaterra), em Dublin (na Irlanda) e em Cardiff (no País de Gales), bem como em outras cidades europeias.

Um ato também foi realizado na capital dos EUA. Os manifestantes se reuniram no Monumento de Washington pedindo por um cessar-fogo e pressionando o presidente Joe Biden a negociar junto ao premiê israelense Benjamin Netanyahu, por uma interrupção nos ataques a Gaza.

Em Madri, os protestos aconteceram em Puerta del Sol, praça mais famosa da cidade. Em Barcelona, um ato reuniu milhares em prol dos civis palestinos.

Em Tel Aviv, capital de Israel, a população pedia pela liberação dos reféns do Hamas sequestrados desde o começo dos conflitos no dia 7 de outubro.

“Viemos mostrar nosso apoio, porque não podemos ficar em silêncio, assistir ao noticiário e não fazer nada”, disse à AFP Mariam Abdul-Ghani, uma estudante de 18 anos cuja família é de origem palestina.

“Tenho primos, familiares e amigos (lá)”, disse Nivert Tamraz, uma consultora de marketing de 38 anos que veio com seus filhos para mostrar a eles que “às vezes temos que lutar por nossa humanidade e não desviar o olhar”. “Também tenho um amigo cuja família está em Gaza e que não consegue nem receber notícias deles, é horrível, ele não sabe se estão vivos ou mortos”, acrescentou.

“Para nós, é importante estar aqui para mostrar nossa solidariedade e desafiar a ideia de que são muçulmanos contra judeus, palestinos contra israelenses”, disse David Rosenberg, 65 anos, membro do London Jewish Socialist Group. “Há pessoas aqui que estão na faixa dos 20 e 30 anos, que cresceram em lares judeus tradicionais e que não suportam o que supostamente está sendo feito em seu nome”, continuou.