um é comprovado declínio nas taxas de natalidade espontânea em todo o mundo, devido a vários fatores: a participação da mulher no mercado de trabalho e o acesso a métodos de planejamento familiar, somados às crises econômicas, à recente pandemia e à guerra na Europa. Essa tendência, por sua vez, está se estabilizando em todas as regiões, acelerando ano a ano.

Paradoxalmente, o O uso de técnicas de reprodução assistida está aumentando de de forma exponencial em todo o mundo e sobretudo em momentos de crise como o atual, dado que as pessoas, para além da abstinência, reforçam a vontade de engravidar, sobretudo as doentes que são acometidas com urgência pela questão da idade ou simplesmente pela força do desejo

Outros aspectos que contribuem para esse crescimento são a introdução e maior acesso a alternativas, como barriga de aluguel em pessoas com problemas de infertilidade estrutural, que não têm possibilidade de constituir família: homens solteiros, casais de homens ou mulheres sem útero.

Sinais de alerta em tratamentos de fertilidade. Quando pedir ajuda?

Por outro lado, há uma maior consciência da idade reprodutiva avançado em mulheres e seu impacto na qualidade oocitária, podendo preservar a fertilidade graças ao criopreservação óvulos e tratamentos de reprodução assistida ou doação de óvulos em casos de infertilidade.

A tudo isso, devemos somar a contribuição da genética reprodutiva para melhorar os resultados e reduzir riscos genéticos na descendência.

Fertilidade e medicina reprodutiva

É por isso que é importante buscar aconselhamento sobre as opções atuais e futuras. Cada vez que temos mais informações sobre o genoma humano, o que nos permite identificar as causas de muito mais doenças genéticas com um custo cada vez mais acessível. Estes estudos podem ser realizados antes de buscar a gravidez ou no âmbito do tratamento de reprodução assistida, graças ao estudos genéticos em embriões gerados in vitroo chamado estudo genético pré-implantação.

Um em cada quatro procedimentos de fertilidade já é realizado com óvulos doados

Esta nova “complexidade” do medicina reprodutiva exige um modelo horizontal de atendimento médico, onde uma equipe multidisciplinar, liderada por um especialista em Medicina Reprodutiva, avalia o tratamento de cada paciente de forma personalizada, aproveitando as vantagens das ferramentas tecnológicas e da inteligência artificial.

As soluções de telemedicina cresceram em popularidade durante a pandemia e agora estão se solidificando como abordagens legítimas para o atendimento ao paciente. O espaço virtual tornou-se uma opção viável de suporte e acesso ao paciente.

Hoje, técnicas de reprodução assistida altamente complexas são tratamentos de primeira escolha.

* (MN75952) – Diretor Médico do CEGyR, Presidente da Comissão Executiva da ALMER e Médico Especialista em Medicina Reprodutiva.

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