O governo federal planeja realizar o leilão da BR-040, entre Belo Horizonte e Juiz de Fora, em Minas Gerais, em dezembro. “Será o último leilão do ano”, disse o ministro dos Transportes, Renan Filho, que conversou com a imprensa antes de evento realizado pela pasta, com investidores do setor, nesta quinta-feira (19), na sede da B3, em São Paulo.
Neste ano, já foram realizados dois leilões rodoviários federais e estão previstos mais dois, ambos em Minas Gerais. Além do projeto da BR-040, ainda sem edital publicado, o leilão da BR-381, entre Belo Horizonte e Governador Valadares, está agendado para 24 de novembro.
A concessão da BR-040 prevê R$ 5 bilhões em investimentos, além de outros R$ 3,8 bilhões em custos operacionais. Já o da BR-381 inclui R$ 6 bilhões em obras e R$ 4 bilhões em despesas operacionais ao longo dos 30 anos de contrato.
Segundo Renan Filho, a equipe “está otimista” para a concorrência na BR-381. Nas duas últimas licitações, o nível de competição foi considerado baixo pelo mercado — o Lote 1 de estradas do Paraná atraiu duas ofertas e o Lote 2, apenas um grupo.
“Estamos trabalhando para trazer mais competição aos leilões. Estamos tomando providências nesse sentido, reduzindo gradualmente o valor dos investimentos [nas concessões] e modificando a entrega de envelopes, para que as pessoas não tenham controle de quem entregou ou não, isso interfere. Serão modernizações necessárias. Os últimos leilões foram exitosos, mas podem ser mais exitosos”, afirmou.
Pelo cronograma do ministério, considerado ambicioso pelo setor de rodovias, em 2024, estão previstos outros dez leilões de estradas: da BR-040, entre Minas e Goiás; da BR-153/262, entre Goiás e Minas Gerais; da BR-262, em Minas Gerais; a BR-040/495, no Rio de Janeiro; da BR-060/424, em Goiás; da BR-364, em Rondônia; da BR-060/364, entre Goiás e Mato Grosso; dos Lotes 6 e 3 de rodovias do Paraná; e da BR-070/174/364, entre Mato Grosso e Rondônia. Se concretizados todos esses contratos, seriam ao menos outros R$ 50 bilhões em obras contratadas.
O cronograma prevê também outras 20 licitações de novas concessões entre 2025 e 2026.