Uma mulher foi presa em flagrante por injúria racial neste sábado, no Centro de Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Agentes do programa Segurança Presente foram alertados sobre um furto ocorrido em uma loja da região, quando descobriram que a suspeita e o segurança do estabelecimento estavam em um bar, na Avenida Visconde de Rio Branco. “Na presença dos policiais, a acusada confessou o furto e proferiu insultos raciais direcionados ao segurança da loja, chamando-o de ‘macaco'”, descreve a nota do Segurança Presente. Ela foi presa e encaminhada para a 76ª DP (Niterói).

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Nos vídeos, que circulam nas redes sociais, a mulher usa óculos escuros e chega a dizer que o segurança “vai voltar para a senzala”, afirmando que ele “fecha com os brancos”. Em dois minutos de vídeos, ela repete as ofensas, apesar de a vítima ter alertado que o “crime de racismo é inafiançável”.

Mulher é presa por injúria racial em Niterói

Ela, por outro lado, disse que podiam continuam filmando as ofensas e, ainda, chamou o autor do vídeo de “viado”.

Os agentes do Segurança Presente ainda foram alvo de “palavras ofensivas” quando informaram que ela seria presa em flagrante. A suspeita foi detida pelos crimes de injúria racial, furto e desacato. Segundo o Segurança Presente, ela ainda acumula antecedentes criminais por lesão corporal, furto e desacato.

De acordo com a Polícia Civil, ela foi encaminhada ao sistema penitenciário.

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Na última terça-feira, uma chilena foi presa depois de chamar um funcionário do Trem do Corcovado, que leva os visitantes até o Cristo Redentor, de “macaco”.

Já em agosto, o estudante de História Jorge Diogo Barboza da Silva estava no Campo de São Bento, em Icaraí, Niterói, quando presenciou a seguinte cena: segundo ele, a mulher estava incomodada porque foi chamada de “branca” por meninos que brincavam de bola no local. De acordo com Silva, ela começou a chamá-los de “pretos”, exigiu que saíssem da praça e disse ainda que deveriam “respeitar a raça branca”.

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Incomodado com as atitudes dela, o estudante interviu defendendo os jovens, o que iniciou uma discussão. Em depoimento, Silva disse que ela alegou estar sofrendo racismo reverso.

— Quando ela começou a ser racista com eles, eu intervi. Expliquei que não existe racismo reverso, e ela disse para eu não me meter e já começou a me xingar. Depois disso, os meninos foram embora e ela foi atrás. Uns dez minutos depois, ela voltou para continuar discutindo comigo. E ela já voltou me xingando, me chamando de preto e dizendo que eu não deveria estar ali — contou o estudante, à época.

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No fim de julho, o vídeo de uma mulher que se identificou como Amanda Ornela, médica, viralizou e causou revolta nas redes sociais. Na ocasião, ela estava dentro de uma lanchonete em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, quando proferiu ofensas racistas a um jovem, que estava na fila. Na ocasião, Amanda teria acusado o rapaz de furar a vez dela e o ofendeu:

“Tu é branco por acaso? Ele é preto e estou na fila. Odeio preto, é verdade. Não sou obrigada a gostar e não gosto”, disse a mulher no vídeo.

A atitude dela revoltou clientes que também aguardavam no estabelecimento. Uma senhora que presenciou o ocorrido impediu que a mulher fosse embora da lanchonete até a chegada da polícia. Em outros trechos do vídeo, Amanda chega a ameaçar o jovem que está filmando a discussão dizendo ser “casada com a milícia”.