Iniciamos a empresa em 2002, com capital próprio e desde então tivemos um crescimento sustentado ao longo destes 21 anos, um crescimento atrelado às flutuações associadas às sucessivas crises econômicas argentinas mas sempre ascendente, adaptando nosso modelo de negócio inicial onde nosso valor a oferta era desenvolver produtos para terceiros com base em nossa capacidade tecnológica; Ao longo dos anos percebemos que este modelo não nos permitia crescer pois desenhamos os circuitos e o software associado e foi aí que o nosso trabalho terminou. Então tivemos que encontrar outro novo cliente ou projeto sem obter nenhum lucro com a fabricação deles.

O que fizemos então foi acrescentar à nossa comprovada capacidade de desenvolvimento, a produção destes produtos, pois tendo-os desenhado estávamos habilitados a lidar com os processos de soldadura, montagem e controlo de qualidade bem como melhorias ao longo do ciclo de vida, resolvendo problemas que o fabrico de um produto tecnológico gerado para nossos clientes.

Os processos de soldagem de circuitos de montagem em superfície são realizados com máquinas robóticas pick and place que pegam os componentes, revisam-nos com diferentes câmeras para verificar sua posição e depois os colocam nas placas que anteriormente tinham a pasta de estanho dispensada, para terminar de passar por uma linha de forno de refundição de onde saem já soldados. Nos primeiros anos utilizamos serviços de terceiros para essa parte da produção e desde 2017 investimos em nossa própria linha de montagem. Hoje já temos duas linhas em paralelo.

Nosso principal objetivo é demonstrar que é possível exportar tecnologia da Argentina, e que uma PME pode se fortalecer exportando

Desta forma, tornamo-nos num parceiro tecnológico que soluciona a criação de um produto desde a ideia simples até à sua concretização, passando pelo acompanhamento nas diferentes fases do seu ciclo de vida, sendo um ponto único de contacto e definindo as tecnologias a utilizar, obsolescência de componentes, melhoria contínua e tudo relacionado a nossos clientes mantendo um produto atualizado no mercado e focado em marketing.

Nosso principal objetivo é demonstrar que a tecnologia pode ser exportada da Argentina para o mundo e que uma PME pode ser promovida através de um projeto de exportação; Ao mesmo tempo, sempre tivemos um projeto de crescer internacionalmente para nos proteger da instabilidade argentina e expandir nossos negócios.

Uma vez consolidados em 2014, começamos a trabalhar em nosso projeto de exportação, a aventura de uma PME tecnológica argentina. Como todo processo, inclui acertos e erros, mas com a perseverança necessária para continuar tentando. O método escolhido para seguir em frente foi sair e exportar produtos próprios, inicialmente nosso oxímetro de pulso Biotrend BPO250, o que nos obrigou a obter certificações internacionais exigidas nos mercados-alvo e nos permitiu avançar em novos mercados. Conseguimos exportar os equipamentos para Peru e Bangladesh. Para isso, participamos de feiras internacionais na área de equipamentos médicos que tiveram ajuda estatal primeiro com a Fundação Exportar e depois com a AICI. Participamos da Medical Fair na Alemanha por cinco anos consecutivos, Hospitalar no Brasil, FIME nos Estados Unidos e Arab Health em Dubai (EAU). Em 2018 adicionámos à nossa oferta o inovador Biotrend Koala Physiological Baby Call e conseguimos as primeiras exportações para a Alemanha, Polónia, Espanha e Chile.

Mas surgiu um problema nessa frente: esses aparelhos são disponibilizados por meio de distribuidores e foi difícil para nós conseguir estabilidade, pois o produto, devido ao tipo de cliente (pais de primeira viagem), exige um trabalho especial de suporte pós-venda que os distribuidores fazem não pode fornecer. As nossas exportações eram esporádicas e era-nos difícil sustentar o investimento necessário na presença em feiras, o nosso principal ponto de contacto com potenciais clientes internacionais.

A pandemia nos afetou muito com queda no faturamento apesar de sermos o único fabricante de oxímetros de pulso na Argentina. Com a reativação no final da pandemia, novos clientes fabris e uma mudança na gestão da empresa nos motivaram a modificar o clima existente, energizando nossa equipe de trabalho.

Com a ideia de retomar nosso projeto de internacionalização, avaliamos tudo o que havia sido feito até então. Nossa análise determinou que o caminho para crescer de forma consistente no mercado internacional seria levar o core da empresa para o mundo, que foi o que nos permitiu crescer em nosso país. E isso implica usar um modelo que já demonstrou sua eficiência e que permitiu que outras empresas semelhantes à nossa crescessem no mercado global.

Dada a natureza dos produtos que desenvolvemos, todos eles de base tecnológica, devemos manter um contacto muito fluido com os nossos potenciais clientes e isso implica uma presença no estrangeiro para gerir o nosso modelo de negócio. A internacionalização deste modelo pode ser feita de diversas formas, com custos e riscos diversos. Da figura de um representante, uma aliança com outra empresa local, uma filial ou uma subsidiária. Como nossa ideia era replicar o que havíamos feito na Argentina, o modelo de desembarque em outro país precisava ter uma fábrica própria, o que foi um diferencial importante no desenvolvimento da empresa. Para isso, a figura jurídica deveria nos permitir construir o clone da empresa argentina naquele novo país. Então decidimos fazer um plano para três ou quatro anos com o objetivo de ter uma subsidiária espelho que nos permitisse, trabalhando juntos, promover o desenvolvimento de novos negócios e expandir a empresa.

A Espanha está atraindo investimentos no campo tecnológico, um setor no qual nos movemos confortavelmente. E partimos para usar essa experiência

Era preciso decidir onde pousar. Para isso, avaliamos nossas capacidades e buscamos um local para ter um mercado maior para nossos produtos e serviços. Excluímos a América Latina porque nosso serviço de desenvolvimento de produtos é voltado para empresas industriais ou empresários e na região esses potenciais clientes estão no Brasil, na Colômbia e alguns no Uruguai. Portanto, consideramos que devemos buscar outras alternativas, gerar internacionalização via Estados Unidos ou Espanha. Por fim, decidimos que Espanha era a melhor opção, um país ao qual nos unem costumes e idiossincrasias. Lá, entendemos, será mais fácil nos relacionarmos e entendermos nossos clientes.

Por sua vez, a Espanha está atraindo muitos investimentos nos setores tecnológico e IOT, um setor no qual nos movemos confortavelmente e temos muito a dar. Decidimos usar nossa experiência para criar uma equipe de desenvolvimento na Espanha equivalente à de nossa empresa na Argentina, o que nos permitiria inserir-nos como provedores de inovação e daí para o resto da Europa. E dentro da Espanha analisamos diferentes cidades, com foco em Barcelona, ​​conhecida por ser um polo comercial e de negócios da Europa. Além disso, tem uma localização estratégica para chegar a outros mercados europeus, existe um importante ecossistema de empresas argentinas e contamos com o apoio da prefeitura através da Barcelona Activa, facilitando e nos assessorando em todos os trâmites necessários para nossa chegada.

Ao final de nosso plano de pouso na Espanha, esperamos contar com uma equipe de Engenharia de Desenvolvimento, um setor administrativo e comercial e uma fábrica de montagem de componentes eletrônicos semelhante à que temos na Argentina com duas linhas de pick and place robóticas. , forno de refusão e todos os acessórios necessários para realizar a soldagem e montagem dos circuitos eletrônicos.


em catalão | O que é a agência de desenvolvimento econômico local de Barcelona?

O objetivo, declarado no site Barcelona Activa (barcelonactiva.cat), parece simples: tornar a cidade espanhola uma “referência internacional para trabalhar, empreender e viver com valores sociais e ambientais”.

Mas por trás desse esforço há uma organização complexa e muitos números. “Enquanto agência de desenvolvimento local, a nossa missão é contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, promovendo a competitividade económica da cidade e o reequilíbrio dos territórios, através da promoção do emprego de qualidade, da promoção do empreendedorismo e do apoio a uma tecido empresarial plural, diverso e sustentável, do ponto de vista económico, social e ambiental”, assinalam os responsáveis ​​desta organização catalã.

Quando se trata de funcionar como um ímã para empresários estrangeiros, como os que dirigem a Apexar, o lema também é muito claro, praticamente um apelo: “faça sua empresa crescer em Barcelona”, propõem.

Para os estrangeiros existem serviços focados, começando pela assessoria e apoio de projetos para quem quer investir na cidade. Com apenas um clique no site, você pode começar a gerenciar esse “acompanhamento”, que começa com “informação e suporte para talentos internacionais que desejam se estabelecer em Barcelona”.

Segundo as últimas estatísticas deste órgão dependente da Câmara Municipal, em 2021 atenderam representantes de 1.670 novos projetos empresariais e “arrecadaram” 48,98 milhões de euros através dos seus serviços de financiamento.

“Barcelona -dizem- é um motor para novas atividades econômicas ligadas a setores estratégicos, como TIC, biotecnologia, mobilidade sustentável e aeronáutica ou meio ambiente”.

E, aparentemente, os argentinos estão indo bem: em julho de 2022, o Barcelona Activa anunciou que havia escolhido o Aptugo, uma ferramenta de desenvolvimento de software que permite programar tanto visual quanto tradicionalmente, e criada por um argentino, para treinar estudantes, empresários e empresários da cidade. .

* CEO da Apexar Technologies (apexar.com).

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