Depois de ter vivido uma verdadeira “sexta-feira negra” na Área Metropolitana de Buenos Aires (AMBA) com quase 100.000 usuários sem eletricidade, sem água, piquetes com pneus e madeira incendiada no principal cruzamento das avenidas da Cidade e GBA, ontem o panorama Era diferente.

Ainda que a temperatura tenha baixado gradativamente -ao final desta edição-, no total, cerca de 23.000 usuários da Cidade de Buenos Aires e dos subúrbios de Buenos Aires ficaram sem eletricidade.

Segundo o relatório da Entidade Reguladora Nacional de Eletricidade (ENRE) às 19h00, na área de concessão da Edesur havia cerca de 20.000 usuários sem eletricidade, principalmente nas cidades de Avellaneda, Lanús, Lomas de Zamora, Quilmes e Ezeiza.

Já na CABA, os bairros com maior número de cortes de energia foram registrados em San Nicolás, La Boca e Monserrat, Mataderos, Parque Patricios, Boedo, Villa Devoto, La Paternal, Flores e Caballito.

Em relação à área de concessão da empresa Edenor, o número total de usuários sem eletricidade ao mesmo tempo totaliza cerca de 3.000 no total, dos quais a maioria está localizada nos municípios portenhos de La Matanza, Moreno, Merlo, San Martín e San Isidro, conforme indicado no relatório ENRE.

Como se recordará, o governo nacional, através daquele órgão, apresentou na quinta-feira uma queixa-crime contra as autoridades da empresa Edesur para as investigar por fraude por violação de direitos pactuados, abandono de pessoa e impedimento de serviços públicos. .

Nesse sentido, o Ministério Público Federal nº 2 de Lomas de Zamora solicitou uma investigação sobre os diretores da Edesur, depois que a Defensoria Pública da província de Buenos Aires denunciou criminalmente a empresa pela má prestação do serviço, segundo informou ontem .

Em nota, a Defensoria de Justiça de Buenos Aires indicou que a procuradora Cecilia Incardona considerou que a ação da Edesur “constitui o crime de obstrução dos serviços de fornecimento de energia elétrica, previsto e punido pelo artigo 194 do Código Penal, ainda que possa configurar crime mais grave, por razão pela qual cabe instruir sumário para sua investigação”.

A organização liderada por Guido Lorenzino denunciou que a entidade recebeu muitas reclamações contra a Edesur e “embora a empresa soubesse da chegada das altas temperaturas, não comprou energia para suprir o fluxo de energia, impedindo os usuários de usar o serviço”, destacaram e destacou “os movimentos acionários suspeitos da Enel, proprietária da Edesur”. O MPF avançou com a denúncia e determinou diligências probatórias para apurar os diretores da Edesur e da Enel.

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