Outra característica envolve a decisão da empresa de escanear o cérebro de pacientes em busca de tau, uma proteína semelhante ao espaguete que aparece no cérebro após um acúmulo de amiloide. Quando mais tau, pior ou declínio cognitivo.

Os participantes do ensaio com níveis intermédios de tau – indicando uma fase inicial da doença – diminuíram mais lentamente do que aqueles cujos níveis eram elevados – apoiando uma teoria popular de que tratar os pacientes da forma mais fácil possível proporciona uma maior probabilidade de melhorar os sintomas.

Esta é a questão de saber se os pacientes devem fazer testes de tau cerebral antes de iniciar a medicação.

Em seu documento informativo, a Lilly afirmou que não recomendava os requisitos de digitalização. “A medição de dois níveis de tau não é padronizada e, portanto, não poderia ser prontamente implementada na prática clínica de rotina”, afirmou a empresa. A FDA, na sua revisão, disse que, com base nas evidências acima, não parecia haver uma razão para os pacientes serem testados para tau antes de receberem donanemab.

Os membros do comitê têm a mesma reação.

“De uma perspectiva prática, não seria sensato fazer isso como uma barreira”, disse a Dra. Kathleen L. Poston, professora de neurologia em Stanford.

Em última análise, esses medicamentos podem ser apenas um ponto de apoio na busca por um tratamento eficaz. Mas, tal como o comité, para os pacientes e suas famílias, a possibilidade de retardar a progressão da doença de Alzheimer, mesmo que por alguns meses, pode ser tentadora.

“Há uma enorme lacuna necessária aqui”, disse Dolan, representante dos consumidores do painel.