A queixa contra Partido Libertário de Buenos Aires por trutas filiações para obter representatividade continua sendo investigado pela justiça eleitoral. Em diálogo com a PERFIL, a advogada da denunciante contou como está o andamento do caso e disse que foi ameaçada. Do espaço político negaram suas falas.

O caso ficou conhecido durante o ano de 2022 por meio de denúncia de Beatriz Prino, ex-partidário que também tinha a função de certificar assinaturas e adesões ao espaço. De acordo com o documento apresentado ao tribunal eleitoral, seis deputados do Libertário foram arguidos “pelo crime de associação ilícita” e “possíveis ilícitos, actos de cibercrime e crimes eleitorais (…)”.

Lá eles são nomeados Nicholas Emma e Bruno Leandro Galleni como procuradores do Partido Libertário de Buenos Aires, além do presidente do espaço Lucas Gazzottio então vice Juan Facundo Dominoni, Alejandro Antonio Calandra Bogaz e Sérgio Miguel Palahy Sosaque hoje é o atual segundo na direção.

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A PROFILE entrou em contato com o advogado de Prino, Mariela Perez Cesarattopara saber como anda a investigação. “São 1.709 formulários de adesão nas seguintes situações: menores de idade, DNI inexistente, estrangeiros, incapazes de votar e pessoas falecidas”, esclareceu o advogado sobre as irregularidades detectadas no processo que tramita na Justiça Eleitoral.

Segundo disseram Prino e seu representante legal, o crime teria consistido na falsificação de assinaturas e realização de cargas que não possuíam as respectivas certificações. O papel de Prino era verificar se as assinaturas realmente não eram falsas. “Eles o fizeram assinar como autoridade certificadora e nesse caso ele assume a responsabilidade de ser o guardião da democracia. Também é considerado auxiliar do Supremo Tribunal da Nação”, explica Pérez Cesaratto.

Este médium consultou qual é o objetivo disso. “Chegar a quatro mil apoiadores, que é o passo antes de formar um conselho de promoção para formar um partido político. Sem isso, o reconhecimento não pode ser obtido ”, disse a advogada, que também apontou contra a advogada Galleni porque“ o restante das acusações que Prino não fez ”foram feitas de seu estúdio.

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Como resultado da denúncia, Pérez Cesaratto falou sobre assédio constante contra ele e personificou as agressões em Lília Lemoine, um dos militantes mais próximos de Javier Milei. “Três dias atrás, recebi outra ligação pornô”, contou ela. Ela também afirmou que recebeu 40 balas por meio de intimidação e fotos de seu filho. A própria advogada esclareceu que não pertence mais ao partido e que também não atuará na política.

Este médium conversou com um dos denunciados por Prino, Juan Dominoni, que alegou ter deixado a vice-presidência do Partido Libertário provincial porque não foram cumpridas as condições de “transparência e honestidade” que pediu. “Entrei na oportunidade dele como vice aspirando a um espaço real e transparente e hoje esse espaço não representa aqueles princípios que eu tinha em mente”, aprofundou. Ele também esclareceu que não tinha nada a ver com a denúncia de afiliações de trutas.

A resposta do Partido Libertário de Buenos Aires

Do espaço estenderam uma declaração do novo vice-presidente, Sergio Palahyque definiu o Partido Libertário como “um espaço verdadeiramente democrático onde todos expressam suas ideias e, se tiverem apoio e respaldo suficientes, podem buscar torná-los apoiadores”.

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“Nestes seis anos desde a formação do Partido Libertário, muitos presos foram executados com resultados diferentes. Lamentamos que aqueles que estão insatisfeitos por ter perdido algum destes reclusos não só tenham abandonado o espaço, como mas que fazem reclamações infundadas pelas quais devem responder perante a Justiçaa quem confiamos a resolução destas denúncias com total confiança na nossa transparência na realização da árdua tarefa de recrutamento de pessoas”, responderam sobre a denúncia.

O que diz a reclamação de afiliações de trutas?

Segundo a denúncia, os implicados teriam utilizado fichas de filiação de pessoas falecidas a partir da obtenção de documentos de identidade e falsificação de assinaturas para formar o Partido Libertário de Buenos Aires.

Já então a denunciante havia dito que usaram sua conta pessoal da Justiça Eleitoral para preencher os autos apócrifos.

“Chegou ao meu conhecimento, por meio de fato, que eles também usaram sem minha permissão, meu identificação de usuário carregar as folhas de adesão e seus formulários para o sistema sem que eu possa certificar a identidade da maioria dos aderentes que aderiram sob minha assinatura como autoridade certificadoraque considero além de falsidade material e ideológica, também crime de informática, no mínimo, violação de sigilo, e crime eleitoral, por cometer fraude processual contra a Justiça eleitoral”, diz a denúncia.

Entre as provas apresentadas por Prino e seu advogado para fundamentar a acusação, são mostradas fotografias nas quais membros da juventude libertária são vistos preenchendo fichas de filiação “sem a presença da autoridade certificadora”.

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