O barril de petróleo afundou abaixo de US$ 84 em Nova York em meio a sinais de que a guerra entre Israel e o Hamas permanecerá contida por enquanto.
Os futuros de West Texas Intermediate (WTI, referência da commodity nos EUA) caíram até 2,6% nesta terça-feira, para US$ 83,27 o barril, e já acumulam um recuo de quase 6% na semana.
As preocupações com uma ampliação do conflito diminuíram em meio a apelos crescentes dentro de Israel para repensar uma invasão terrestre de Gaza e grandes receios sobre o destino de cerca de 200 reféns, o perigo de retaliação por parte do Hezbollah e o risco de baixas militares israelenses.
Há também sinais de um mercado menos apertado. O prêmio pago pelo contrato de WTI mais próximo sobre o seguinte diminui para 83 centavos de dólar, ante 160 cents logo após o ataque do Hamas a Israel que desencadeou a guerra.
Além disso, as exportações russas de petróleo subiram para uma máxima de quatro meses, apesar do acordo do Kremlin com a Arábia Saudita diminuição de oferta.
A ausência de perturbações concretas ao abastecimento no Oriente Médio, de onde vem um terço do petróleo mundial, leva o chamado prêmio de risco da guerra a diminuir. O WTI ainda está cerca de 2,4% mais alto do que antes do ataque de 7 de outubro, diante da possibilidade de que Washington aumente o monitoramento do cumprimento de suas sanções contra o petróleo iraniano.
“Uma interrupção significativa de oferta continua a ser um risco que provavelmente está sendo equilibrado por preocupações com a demanda e uma capacidade de ociosa de produção relativamente elevada”, disse Amarpreet Singh, analista do Barclays.