Miguel Pichetto endossado Diego Santilli como candidato a governador da província de Buenos Aires para Juntos pela Mudança. O Auditor Geral da Nação também falou da renúncia de Mauricio Macri, e foi ambíguo ao defini-lo sobre Horacio Rodríguez Larreta ou Patricia Bullrich para as primárias.

Em meio à turbulência gerada na coalizão de oposição pela decisão do ex-presidente, Pichetto falou sobre a reunião da mesa espacial de Buenos Aires realizada nesta terça-feira e foi enfático ao opinar sobre o melhor candidato para disputar o governo de Axel Kicillof.

Você tem que avaliar quem mede, e hoje quem mede mais é o Santilli. Seria preciso somar esforços e unificar candidaturas porque é uma eleição que se define no mesmo domingo da eleição nacional”, considerou o senador com mandato cumprido nesta terça-feira, 28 de março, em diálogo com +Realidade (CO+). “O Pro não pode ter sete candidatos“, ele adicionou.

Na reunião desta terça-feira, da qual participou Macri, estavam Santilli, Néstor Grindetti, Javier Iguacel e Cristian Ritondo, entre outros parlamentares, prefeitos e ex-dirigentes municipais. Fontes próximas a Santilli disseram ao PROFILE que, embora a agenda fosse aberta, a reunião foi focada na estratégia eleitoral e no regimento interno do PASO.

O que Pichetto disse sobre o preso Larreta-Bullrich

“São as nuances. Não sei qual vai atingir mais as pessoas. Tenho minhas ideias e as transmito. Dou uma contribuição à direção e defendo que será importante a discussão sobre o conteúdo do programa”, foi a definição dada pelo ex-candidato à vice-presidência em 2019 sobre os candidatos mais competitivos do Exército.

Pichetto então escorregou uma certa imitação de Bullrich sobre o discurso que ele prega. “O importante é a unificação de ideias para um programa. Falei de ‘ordem e administração’, que era o axioma de Julio A. Roca, e Patrícia falou de ‘ordem e justiça’. Acho interessante. É um valor fundamental para o que significa governar na Argentina”, definiu.

Ironicamente, afirmou que “é melhor que copiem porque o plágio é uma homenagem ao verdadeiro autor”.

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A renúncia de Maurício Macri

Pichetto rompeu com as definições pró-governo que falavam da renúncia de Macri devido ao baixo número de votos que poderia arrecadar e destacou que seu papel continuará pesando no espaço.

“Esse processo não foi de um dia para o outro, mas foi em um quadro de reflexões nos últimos meses. Ele entendeu que esse era o melhor caminho para o Pró, sua força política e o Juntos pela Mudança”, disse. Além disso, afirmou não acreditar nas pesquisas porque “tudo isso é uma construção política”.

“Parece-me que é preciso analisar os fatos como eles são. Macri continuará sendo uma figura consultiva ao estilo dos presidentes americanos. Deve ser consultado quando houver eventos importantes”, analisou.

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Mauricio Macri na reunião da diretoria do Buenos Aires PRO.

Pichetto falou de Juan Grabois

O ex-senador de origem peronista também se referiu às terras cedidas à associação civil Tercer Tiempo ligada ao Movimento dos Trabalhadores Excluídos de Juan Grabois e fez uma comparação com as reivindicações das comunidades mapuches.

“Um dos primeiros atos que ele realizou no governo de Alberto foi a tomada de um campo que não era de sua propriedade”, lembrou sobre o conflito no campo de Etchvere, em Entre Ríos.

Qual é o projeto agroecológico que respingou em Grabois e irritou a oposição?

“Agora o absurdo é maior porque o Estado Nacional lhe dá 150 hectares de frente para o mar na área de El Marquesado. Nós que conhecemos o local sabemos que este deveria ser destinado ao turismo”, argumentou. Conforme relatado no espaço Grabois, as terras foram concedidas pela Agência de Administração de Bens do Estado (AABE).

gi/ff

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