No âmbito do programa Preços Justos, o Ministério do Comércio anunciou uma nova etapa para o cabaz que regula o valor das frutas e legumes. O item alimentação atingiu inflação de dois dígitos em abril, segundo dados do INDEC, e dentro deste item, as hortaliças foram um dos que tiveram maior impacto.

As tentativas de conter a inflação com programas de controle de preços não funcionaram até agora. Além de crescer mais que a média em abril e segundo o Consumidor Livre, as frutas e hortaliças continuaram subindo em maio, e acumularam alta de 7,57% em relação a abril.

Numa semana em que o Governo lançou o Preço Justo de Bairro para conter a inflação e incentivar o consumo no comércio local, a renovação do programa das frutas e legumes vai ao encontro dos mesmos objetivos. Neste último caso, não há uma taxa mensal fixa de aumento. Os aumentos dependem da comercialização mensal e da sazonalidade dos produtos, que também variam.

Nesta ocasião, alguns preços permanecerão os mesmos e outros aumentarão em relação a maio. A cesta, que segundo fontes oficiais estará disponível nas grandes redes de supermercados da AMBA até 30 de junho, inclui batata preta por US$ 179 o quilo, tomate redondo por US$ 399, abóbora por US$ 149, cebola por US$ 170 e um feixe de acelga por US$ 299. , e um quilo de cenoura por $ 149.

Quanto às frutas, a lista é composta por maçãs a US$ 399 o quilo, tangerinas a US$ 299, bananas do Equador a US$ 535 e bananas subtropicais a US$ 420.

Do secretário de Comércio destacaram que o acordo “surge de um esforço conjunto com a Associação de Supermercados Unidos (ASU) e o Mercado Central de Buenos Aires”. Indicaram também como “novidades” da nova edição “a queda do preço do tomate (menos 13,1% em relação ao mês anterior) e a incorporação de cenouras e tangerinas”.

Por outro lado, tanto a banana subtropical quanto a do Equador sofreram aumentos: 5,2% no caso da primeira e 8% na segunda.

Por outro lado, e de acordo com o Índice de Preços na Origem e no Destino (IPOD) elaborado pelo setor de Economias Regionais da Confederação Argentina de Médias Empresas (CAME), em abril os preços dos agroalimentares aumentaram 3,9 vezes em relação ao campo gôndola. Isso significa que os consumidores pagaram $ 3,9 para cada $ 1 recebido pelo produtor, que tem uma participação de 23% nos preços finais.

A Fundação Libertad y Progreso prevê que os preços continuarão subindo em junho. “A aceleração em maio reflete a queda na demanda por dinheiro que levou à corrida cambial na segunda quinzena de abril e causou um forte arrasto”, explicou o economista Lautaro Moschet. Ele acrescentou que “na medida em que políticas consistentes não forem realizadas, a dinâmica inflacionária continuará mostrando uma tendência de alta”.

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