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Mas, afinal, o que muda com a decisão do STF? E qual será o impacto para quem tem financiamento imobiliário ou para quem pretende comprar um imóvel a prestação?
Entenda, abaixo, em cinco pontos, o que foi decidido e os principais impactos deste julgamento.
Oito ministros do STF e dois votaram contra à manutenção de uma lei de 1997 que criou a alienação fiduciária, sistema no qual o próprio imóvel que está sendo comprado é apresentado como garantia.
O que é a alienação fiduciária?
A lei de 1997 prevê que, em caso de não pagamento das prestações imobiliárias, a instituição credora pode realizar uma execução extrajudicial e retomar o imóvel. O procedimento é feito por meio de um cartório e não passa pela Justiça.
Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a alienação fiduciária está presente em 7,8 milhões de contratos de financiamento imobiliário que estavam ativos no Brasil em agosto deste ano, o equivalente a 99% do total.
Quem tiver o imóvel retomado não poderá mais ir à Justiça?
O advogado Arthur Groke, do escritório Advocacia Riedel, avalia que a decisão do STF não afasta a possibilidade de judicialização em caso de abusos:
— O que o STF julgou não é que isso não pode ser discutido judicialmente, mas que não há nenhum problema nesse processo ser feito extrajudicialmente, via cartório. Mas se o consumidor entender que há algum problema, inclusive nessa execução, como questões contratuais, ele tem total direito de questionar na Justiça.
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Professor de Direito Civil do Ibmec, João Quinelato também avalia que eventuais abusos e ilegalidades poderão ser alvo de ações na Justiça. E lembra que será precisão aguardar o acórdão do STF para entender como a decisão vai funcionar na prática.
Há muitos casos de retomadas de imóveis no Brasil?
No decorrer do processo no STF, a Febraban apresentou um estudo da LCA Consultoria que apontava uma taxa de 1,7% de inadimplência em contratos fechados por alienação fiduciária.
O advogado Gustavo César Mourão, que falou em nome da Febraban, afirmou que a alienação fiduciária provocou uma “revolução” no mercado de crédito imobiliário e ressaltou que somente em 5% dos casos de inadimplência a execução extrajudicial é necessária.
A carreira de Rosa Weber no STF
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STF: julgamento dos ataques golpistas de 8 de janeiro. Rosa Weber. — Foto: Brenno Carvalho
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Seis meses depois de Fux, Rosa Maria Weber foi aplaudida de pé pelos colegas do Supremo ao tomar posse, em 2011 — Foto: Ailton de Freitas / Agência O Globo
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Posse da ministra Rosa Weber na presidência do Supremo Tribunal Federal — Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
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Reunião do Conselho Nacional de Justiça presidido pela ministra Rosa Weber — Foto: Divulgação/CNJ
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No Senado, Rosa Weber destacou os avanços da representação feminina a despeito do machismo estrutural — Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
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A presidente do STF, ministra Rosa Weber, durante visita a aldeia indígena — Foto: Fellype Sampaio/Divulgação
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O presidente Lula e a presidente do STF, Rosa Weber — Foto: Rosinei Coutinho/STF
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A ministra Rosa Weber no STF — Foto: Ailton de Freitas / Agência O Globo
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O ministro Cristiano Zanin e a presidente Rosa Weber, durante sessão do STF — Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo/09-08-2023
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Rosa Weber e Carmen Lúcia, do STF — Foto: Arquivo O Globo
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Rosa Weber (ao centro) durante a cerimônia desta quinta-feira — Foto: Cristiano Mariz
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Ministros Luiz Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, no Plenário do STF em 2017 — Foto: Aílton de Freitas / Agência O Globo
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A ministra Rosa Weber no Conselho Nacional de Justiça — Foto: G.Dettman/CNJ/Divulgação
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O presidente Lula e a ministra Rosa Weber: aposentadoria da ministra do STF vai abrir vaga na Corte, e o petista terá segunda indicação — Foto: Carlos Moura/SCO/STF
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Lula caminha do Palácio do Planalto ao STF para ver condições do prédio após ataque golpista — Foto: Cristiano Mariz
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Rosa Weber em sua última sessão no plenário do STF — Foto: Brenno Carvalho
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— Nos outros 95% dos processos que são iniciados, há a solução da inadimplência pela purgação da mora e pela definitiva aquisição de imóvel pelo tomador — destacou.
Muda algo para quem ainda não tem imóvel e pretende comprar financiado?
Especialistas acreditam que a decisão do STF tende a reduzir os custos de um financiamento imobiliário. Com maior segurança jurídica, os bancos tendem a cobrar juros e encargos menores de seus clientes.
— A decisão vai impactar o mercado imobiliário inteiro. É uma ferramenta bem-vista e deve reduzir os custos, na medida em que os bancos, em caso de inadimplência, não vão precisar recorrer à Justiça. Isso deixa todo o cálculo do financiamento mais barato, porque o processo vai ser mais rápido, as instituições financeiras não vão precisar pagar despesas judiciais, além de não sobrecarregar o Judiciário.