Na mesa de diálogo que o Governo manteve esta quinta-feira com representantes do Comunidade Lafken Winkul Mapuum acordo controverso foi alcançado com membros da comunidade mapuche ao qual as usurpações que motivaram a despejos realizados em Villa Mascardi em 4 de outubro do ano passado.

A reunião foi realizada nas instalações da antiga ESMA na cidade de Buenos Aires, com a participação do Secretário de Direitos Humanos da Nação, Horacio Pietragalla Corti, e o presidente do Instituto Nacional de Assuntos Indígenas (INAI) Alejkandro Marmoni.

Como resultado do acordo, foi assinado um ato em que o Governo se comprometeu a reconhecer uma das propriedades dos Parques Nacionais Villa Mascardi “como um lugar sagrado para o povo Mapuche para que a Machi Betiana Colhuan possa realizar suas tarefas espirituais e medicinais”, segundo o jornal local. Rio Preto.

A construção de três “rukas” ou casas nessa área. Uma das construções terá como objetivo proteger “todos os elementos de uso da medicina tradicional mapuche”.

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Como segundo ponto do acordo, a lei estabelece que “a comunidade Lafken Winkul Mapu aceita que seus membros sejam mudou-se para outras terras.

Por sua vez, o A Administração de Parques Nacionais desistirá de continuar como demandante em casos relacionados com as usurpações dos lotes pertencentes a dita entidade em Villa Mascardi.

Nesse sentido, Parques Nacionais e a defesa das quatro mulheres acusadas e detidas prometeram apresentar-se em tribunal”um acordo de liquidação” o que poderia implicar, segundo os dirigentes mapuches, a libertação dos membros da comunidade.

No entanto, a lei também determina que o descumprimento das diretrizes pactuadas implicaria “a queda do acordo de conciliação e – portanto – o ressurgimento dos processos criminais”de acordo com Jornal Rio Negroque tiveram acesso ao documento oficial assinado após a reunião.

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Vizinhos indignados após o acordo com a comunidade Mapuche

O acordo do Governo com a comunidade Mapuche gerou indignação entre os moradores afetados pelas usurpações e violência. Um deles, Diego Frutasviajou de Villa Mascardi e demonstrou em frente à propriedade da exESMA.

“Estamos na calçada da ESMA. Lá dentro, a reunião é só com o sindicato dos advogados que representam os foragidos encapuzados e as mulheres em prisão domiciliar com seus filhos”, disse Frutos em diálogo com Rádio Continental.

“Eles querem dar-lhes terras depois, respeitar o famoso altar sagrado. Uma grande ironia deste governo sem escrúpulos e retraído. Aqui, os vizinhos gritavam com a gente, mas vamos continuar”, disse ele no programa apresentado pela Fernando Bravo.

“Eles nos dizem que somos racistas brancos supremacistas, assassinos, que discriminamos os povos indígenas. Expliquei pela enésima vez que vivemos com uma verdadeira comunidade Mapuche em Villa Mascardi, que é a comunidade oficial que tem seu registro correspondente e não este grupo de criminosos encapuzados“, denunciou o vizinho que viajou de Villa Mascardi.

“Estamos lutando pela soberania nacional; o Parque Nacional Nahuel Huapi é de todos os argentinos”, afirmou Diego Frutos.

AC/ED

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