Premier afirmou a soldados deslocados para o norte do país que ainda não é possível dizer se o grupo libanês decidiu entrar na guerra por completo, mas que isso representaria a devastação para os extremistas e o Estado do Líbano O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o país já enfrenta “uma batalha dupla”, diante do aumento das tensões com o grupo extremista Hezbollah, na fronteira com o Líbano. A organização libanesa, que se envolveu em escaramuças e trocas de bombardeios com as Forças Armadas israelenses nos últimos dias, foi uma das primeiras a declarar apoio e solidariedade ao Hamas após o ataque terrorista contra Israel, no dia 7 de outubro.
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Em um gesto aos militares que ele e seus ministros têm feito nos últimos dias, Netanyahu visitou soldados deslocados ao norte do país, perto da fronteira com o Líbano. O premier disse não saber, no momento, se o Hezbollah estaria disposto a entrar totalmente na guerra, mas afirmou que um aprofundamento das hostilidades pelo grupo extremista seria respondido com uma a “força inimaginável”.
— Estamos em uma dupla batalha: uma é para manter a ação aqui [evitar uma escalada com o Hamas] e do outro lado [no sul, em Gaza], para vencer, uma vitória absoluta que apagará o Hamas — disse Netanyahu. — Eu não posso dizer agora se o Hezbollah decidiu entrar completamente na guerra. Se o Hezbollah decidir entrar na guerra, estará pedindo pela Segunda Guerra do Líbano. Eles estarão cometendo o maior erro de suas vidas e nós vamos atingi-los com uma força inimaginável. Significará uma devastação para eles e para o Estado do Líbano.
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A menção direta ao Estado libanês não é a primeira, uma vez que o Hezbollah é um movimento com representação política no parlamento do país. Horas antes do discurso de Netanyahu às tropas, o Exército israelense alertou que o aumento dos ataques do Hezbollah “arrastra o Líbano para uma guerra”, com o porta-voz militar Jonathan Conricus detalhando que o país “não obterá nenhum benefício, mas na qual se arrisca a perder muito”.
O Hezbollah recebe apoio do Irã, que também é o principal fornecedor de armas do Hamas. As ações ofensivas de militantes do grupo libanês contra Israel já motivaram operações militares e o deslocamento de pessoas da região norte do país para posições mais ao sul.
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