O Supremo Tribunal de Justiça ordenou nesta quarta-feira, 29 de março, por unanimidade, a suspensão da entrega de terrenos ao Comunidade mapuche ‘Millalonco Ranquehue’ em Bariloche. É uma propriedade de 180 hectares que pertence ao exército argentino. Assim, o tribunal superior acolheu as denúncias apresentadas pela referida instituição e pelo Ministério Público. A resolução adotada pelos magistrados exige que a operação de adjudicação seja suspensa até que seja esclarecida a questão da legitimidade da titularidade das terras em disputa.

O juiz Silvina Dominguez havia resolvido por sentença de primeira instância que o Poder Executivo transferisse as terras em questão para o Instituto Nacional de Assuntos Indígenas (INAI)para depois transferi-los para a comunidade Mapuche.

Como é a terra do Exército Argentino na Patagônia que poderia ser propriedade Mapuche

Diante disso, o Procurador-Geral da Nação e do Exército Levaram o caso ao Supremo Tribunal de Justiça da Nação. De fato, o Exército afirmou que o terreno é utilizado para tarefas de treinamento dos integrantes da força.

edward casalProcurador-Geral da Nação, considerou que a decisão de Domínguez se baseou em “graves afetações de legalidadedo devido processo legal e dos interesses gerais da sociedade que ficam comprometidos, pois o avanço no cumprimento da decisão aprofundará ainda mais os prejuízos apontados”.

A polêmica das terras do Exército entregues aos mapuches

Os juízes consideraram que houve gravidade institucional na operação administrada por órgãos estatais ao emitir a ordem de destinação de terras aos grupos mapuches.

A resolução dos magistrados teve em conta a investigação paralela que veio à tona quando os parlamentares da oposição Eles denunciaram os advogados do Exército para entender por que o recurso foi adiado.

A referida apresentação ocorreu porque a medida do Juiz Domínguez havia sido apelado pelo Ministério da Defesamas fora do prazo, o que alimentou as suspeitas de que os prazos para avançar com a transferência de terras para a comunidade mapuche que apresentou a reivindicação estavam expirados.

AC/ED

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