Mais de um ano após a regulamentação da Lei de Promoção da Alimentação Saudável, que estabelece a obrigatoriedade de relatar excessos de açúcar, gordura, calorias e sódio em alimentos e bebidas, o panorama das gôndolas argentinas mudou consideravelmente. Os octógonos negros começam a povoar a maior parte das embalagens, as personagens que promoveram a sua venda vão desaparecendo e o debate arde nas redes sociais, enquanto persistem alguns atrasos sugestivos.

As grandes empresas, que resistiram duramente durante o debate, agora estão focadas em traçar estratégias para preservar suas vendas. Uma delas seria adicionar um código QR no rótulo, com informações sobre qualidades nutricionais, como um “balanço”; outra, modificar a tabela nutricional que inclui as embalagens para torná-la mais clara e informativa; a última é mais disruptiva: oferecer o mesmo produto com e sem o selo (ou seja, com e sem o ingrediente que o torna insalubre), para que todos possam tomar sua decisão de compra. Mas em meio às negociações do quadro eleitoral, a política não parece disposta a reabrir a discussão sobre os octógonos que já estão mudando a alimentação de boa parte dos argentinos.

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por Pablo Corso

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