Não há nada de novo se dissermos que partidos políticos tradicionais significam cada vez menos no contexto atual se quisermos identificar um programa, um líder e um grupo de pessoas com os mesmos ideais e sentido de luta pelo poder. Por esta razão, novas categorias de análise eleitoral surgiram por muito tempo.

Por esta razão, desde o final dos anos 1990, o surgimento de A FREPASO (Frente País Solidário) quebrou o bipartidarismo e a partir de 2001 rompeu-se a relação de representação democrática, deixando para o resto dos anos 2000 amplas coalizões eleitorais com o objetivo de chegar ao poder.

Aqui vamos insistir na ideia de ajustar essas descrições e refletir sobre o cenário de negociações onde as internas e as primeiras eleições provinciais aparecem como grandes instâncias de competências pessoais longe do ideal que outrora se pensava ser útil.

A esquerda busca consolidar a frente embora haja candidatos do lado de fora

Hoje, as fórmulas já vencedoras nas províncias e aqueles que começam a ser testados para entrar na competição e que serão legitimados para as eleições presidenciais nos mostram alguns aspectos muito interessantes:

1- Forasteiros monotemático que como bons produtos de mídia Eles jogam na alta política, mas não conseguem garantir um bairro em termos de coordenação e trabalho de campo eleitoral e controle nas eleições. Eles são, nos termos de Scolari, um lanche cultural.

Em termos políticos, para esta reflexão, eles se mostram como um auspicioso petisco político e contracultural. Seria falta de amadurecimento e força política para as mudanças que se propõem desde que sejam radicais.

coalizões
Partidos, coligações ou conglomerados eleitorais?

2- A multiplicidade de candidaturas reflete pluralidade, mas também fragilidade assim que não conseguem consolidar uma proposta. Como havíamos dito anteriormente em outra coluna, as coalizões perderam autenticidade e isso mostra identidades fracas, mas também o desespero para acessar cargos sem sequer olhar para a capacidade, equipamentos, habilidades e competências para a administração pública em contextos de alto risco e quase crise.

O “fantasma da Aliança” está na moda nas redes

3- O polarização crescente perdeu as arestas do que se espera e hoje os discursos antagônicos por natureza, cartas inesperadas são mostradas. Muitos sofrem por causa de um ponto da eleição anterior, onde ele criticou seu atual companheiro de chapa e outros sofrem ao incriminá-lo por uma tentativa de conspiração de morte. Ou seja, as falsas campanhas e as negativas serão as campanhas deste ano eleitoral.

4- Em relação ao acima, a pobreza discursiva é marcante. Mudanças grandes e eloquentes são enunciadas, mas opacas nos detalhes. É um enorme desafio comunicar a complexidade das medidas que precisam ser tomadas, mas isso não pode ser feito à custa do esforço e da obrigação republicana de comunicação pública de cada líder e seus planos de governo.

2023: Coalizões transbordantes e eleições inertes?

5- Sem dúvidas o melhor sempre fica para o final, a cereja do bolo é então as coligações que são agora conglomerados eleitorais de todos juntos contra todos os outros. Estão na ordem do dia as alquimias nas fórmulas presidenciais e de governador que se baseiam em acordos com micropartidos impensáveis ​​que pudessem acompanhar essas fórmulas.

Para ilustrar: poderíamos pensar até pouco tempo atrás na possibilidade de uma fórmula que levasse a Líderes pró, com socialistasapoiado por radicaisum par de micro partidos provinciais, um fração pj que fazia parte da FREPASO e alguns líderes de bairro de A Campora desencantado com o governo nacional?

Juntos pela Mudança
Partidos, coligações ou conglomerados eleitorais?

Não mas hoje é possível e mesmo em alguns casos reais e tangíveis sem outra possibilidade de conformação rápida e efetiva diante de um fenômeno oposto onde um adversário pragmaticamente se junta com mais forças e radicaliza e viraliza sua superoferta eleitoral. Se este último ocorrer, estaremos diante de lideranças que também mostrarão uma tendência autoritária e até irresponsável na gestãoalgo muito comum a nível provincial.

Tudo o que precede, Mais do que coligações partidárias, estamos hoje enfrentando coligações pessoais -se são asseados ou mantêm algum grau de coesão ideológica- ou perante os novos e desesperados conglomerados eleitorais onde a coesão ideológica é quase inexistente e só existem acordos que unem cabeças e um número factível que permite o acesso ao poder em qualquer um dos níveis de governo.

Todo esse cenário está se aproximando de nós e não é bom em termos de resultados para as fórmulas eleitas nos cargos executivos e nas legislaturas e no Congresso podem dar-nos uma imagem futura da inexistência de um verdadeiro poder de governação. Soma-se à falta de capacidade de ação do Estado a dificuldade de chegar a acordos rápidos de enorme importância, e uma fragmentação dos partidos que os transformam em rótulos -passagem e oportunismo- longe de convicção ou responsabilidade.

A tendência política para conglomerados eleitorais fugazes Apenas reflete a crise social e cultural do país e a falta de renovação e novidade eleitoral com real capacidade de governabilidade.

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