Um bebê de três meses morreu que vivia na rua com seus pais na Plaza de Mayo, metros da Casa Rosada. Quando o SAME chegou já era tarde e de madrugada confirmaram o óbito. A mãe e o pai da menina explicaram aos funcionários da Delegacia de Bairro 1D da Polícia de Buenos Aires que notaram que sua filha não apresentava sinais vitais e solicitaram assistência do pessoal da Polícia Federal Argentina que vigia a Casa do Governo.

A polícia ligou para o 911 e quando a ambulância do Serviço de Atendimento Médico de Emergência (SAME) chegou ao cruzamento da Avenida Hipólito Yrigoyen com a Avenida Paseo Colón, encontraram a menina deitada no carrinho e Os médicos confirmaram que ele morreu..

Pobreza e falta de moradia 20230330
O INDEC revelou que 8,1% dos argentinos vivem abaixo da linha da pobreza.

A Promotoria Criminal e Correcional 10, a cargo de Santiago Vismara, secretário do Dr. Taboada, preparou o processo por morte duvidosa e ordenou que a Unidade Criminal Móvel e o Gabinete dos Psicólogos atendessem os pais.

Um vendedor de café nas proximidades da Plaza de Mayo disse TN que ele havia testemunhado o que havia acontecido. “Era entre 5h e 5h30 quando eles estavam dormindo. Eu os vi alarmados e gritando. Eu pensei que eles estavam brigando entre si, mas então a mulher começou a dizer ‘meu bebê, meu bebê’ e eles vieram até mim para chamar uma ambulância. Demorou 90 minutos para chegar”, contou ela.

“Sempre vejo eles passarem por aqui e já estão nessa área há bastante tempo. Ontem, por exemplo, eles não estavam aqui. Eles estão trocando de lugar. São um casal jovem, com cerca de 25 ou 30 anos.”, acrescentou e sustentou que os pais do bebê dormem na parte coberta do Paseo Colón, na porta do Ministério da Produção.

Dados alarmantes sobre pobreza e indigência no país

Nesta quinta-feira, 30 de março, foram divulgados os dados levantados pelo INDEC sobre pobreza e indigência para o segundo semestre de 2022. O percentual de domicílios abaixo da linha da pobreza (LP) chegou a 29,6%, onde 39,2% das pessoas. Dentro deste conjunto, 6,2% dos domicílios estão abaixo da linha de indigência (LI)que incluem 8,1% das pessoas.

Isso significa que abaixo do LP existem 2.928.152 domicílios, que incluem 11.465.599 pessoas; e, nesse conjunto, 614.043 domicílios estão abaixo da LI, o que representa 2.356.435 indigentes.

Em relação à faixa etária, o INDEC destaca que um pouco mais da metade (54,2%) das pessoas de 0 a 14 anos são pobres. São 5,5 milhões de crianças que não podem ter acesso à cesta básica, somada à aquisição de bens e serviços considerados essenciais para a sobrevivência, como acesso a roupas, transporte, educação e saúde.

Pessoas que moram na rua

De acordo com os dados compilados no último Censo nacional, realizado em maio do ano passado pelo INDEC, 2.962 pessoas vivem em vias públicas em toda a Argentina e o segundo distrito com mais pessoas nesta situação é a Cidade de Buenos Aires, com 903.

O primeiro lugar é ocupado pela província de Buenos Aires, com 961 pessoas (das quais 797 foram pesquisadas nos 24 municípios da Grande Buenos Aires) e atrás da Capital Federal estão Salta, com 244; Santa Fé, com 209; e Entre Ríos, com 139.

RB/FL

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