— Como você avaliou a descendência de Macri? ?

—Mauricio demonstrou mais uma vez o tipo de líder que é. Sua decisão é histórica e vem pôr fim não só ao kirchnerismo, mas a todo um sistema de ideias que fracassou na Argentina e no mundo. Agora nosso desafio é viver de acordo com sua decisão. O que está por vir é mais mudança do que em 2015 porque a situação é mais complexa.

Você acha que Macri apoiará um candidato nacional?

É uma decisão muito pessoal. Ele já disse que apoiará um candidato se sentir que realmente representa uma mudança profunda. Por isso é tão importante ter determinação e firmeza para ir com tudo, acabar com o populismo empobrecedor. Também acredito que a decisão dele tem uma mensagem clara: não ganha líder, ganha time para ter uma mudança real. Sem uma equipe você não chega a lugar nenhum. E as equipes não são compradas, elas são construídas e dirigidas.

— E você poderia apoiar alguém na Província?

—Há uma semana viajei com ele para Rosário, vejo-o mais focado em trabalhar no que tem que ser feito do que em quem tem que fazer. Claro que ele sabe que alguns de nós temos mais experiência do que outros em problemas que são centrais para a Província hoje. Ele sabe que estamos diante do fim do ciclo de um sistema e que são necessárias pessoas convencidas da mudança, dispostas a lutar nos bastidores na segurança e no narcotráfico, no resgate da educação dos militantes da escola fechada como Baradel, na redução dos enormes gastos políticos que Kicillof fez, no enfrentamento dos bandidos que parasitam todos os cantos do território ou daqueles que tomam terras como Grabois.

— Você vê chances de Vidal ser o vencedor de um PASO?

— Ela afirmou que quer continuar trabalhando para ser candidata a presidente e contribuir com o espaço a partir daquele lugar. Acredito que alguém com a experiência, coragem e visão de Maria Eugenia pode contribuir muito para o país, onde quer que jogue. Ela governou na cidade e na província. Por exemplo, às vezes normalizamos o caos e o descontrole que existe hoje na Província, mas nós, com María Eugenia, mudamos essa realidade. É por isso que estou confiante de que o faremos novamente. Porque nós sabemos fazer e temos a equipe, e grande parte desse capital é graças a ela.

— Além do Vidal, você se sente mais próximo do Bullrich do que do Larreta?

—São estilos diferentes e têm diferenças de como realizar a mudança. Horacio tem uma capacidade de gestão comprovada e altamente valorizada. Mas dependendo dos estilos e da situação atual, me sinto mais próxima da Patrícia. Trabalhei com ela quando ambos tivemos que ser Ministros da Segurança, ela na Nação e eu na Província, e sei da força que ela tem dela e do seu compromisso com a mudança.

— Você fecharia um acordo para ser candidato de Patrícia Bullrich a governador se Vidal não fosse do PASO?

-Claro. Com Patrícia tivemos que trabalhar lado a lado como ministros no combate à insegurança e ao narcotráfico e temos muitos pontos em comum desde o diagnóstico e as formas de enfrentar essa fase que o país tem pela frente.

—Como é fazer campanha com a raiva do povo?

—Muitas pessoas de Buenos Aires me conhecem por nossa luta contra a insegurança e pelos resultados que alcançamos no governo anterior. Eles sabem que eu me levanto e que não tenho medo de travar as batalhas que devem ser travadas contra ninguém. Eu os ouço e me sinto seguro sabendo que temos a equipe atrás de nós e muitas pessoas que estão entrando porque percebem que o que está por vir vai ser difícil, mas também é uma das últimas chances que temos de parar ao populismo. Precisamos de menos sorriso e TikTok para ir contra o K, e muito mais trabalho preparando para dar as lutas que estão por vir. Não é brincadeira, temos que ir com tudo porque o kirchnerismo vai buscar transformar nossa querida Província em seu reduto.

— Consegue vencer Kicillof e o PJ unido?

— Claro, Kicillof, por mais que ele se esconda, fica cada vez mais evidente para o povo o péssimo governador que ele é. Mas temos certeza de que o kirchnerismo vai se refugiar na Província, como fez em La Matanza em 2015, com a qual colocará todos os seus recursos para alcançar esse objetivo. Estou convencido de que o povo de Buenos Aires quer acabar com a decadência kirchnerista e o populismo empobrecedor de um personagem como Kicillof, que apenas dobrou os cargos políticos e piorou todos os indicadores da província. O pior ministro das finanças da história acabou sendo o pior governador, para surpresa de ninguém.

“Quem é seu candidato na cidade?”

—É muito importante que o PRO continue governando a Cidade e o mais preparado é o Jorge Macri.

— Você vê o Massa como candidato?

— Sinceramente, o interno da argamassa para todo mundo não me interessa. Massa é tão responsável quanto os demais sócios da Frente de Todos pelo desastre a que levaram o país.

O CFK será candidato?

—Cristina é uma pessoa que destruiu o valor da palavra, com a qual pode tranquilamente apagar com o cotovelo o que disse há pouco e ser candidata a alguma coisa. Ela causou grandes danos ao país.

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