Moradores de várias cidades do norte e do sul da Argentina, entre elas a capital Buenos Aires, enfrentavam longas filas para comprar gasolina neste sábado, enquanto vários postos de combustível estavam fechados.

Em um comunicado conjunto, quatro empresas petrolíferas que operam no país – YPF, Raízen, Trafigura e Axion Energy – atribuíram o problema a “níveis extraodinários de demanda nos últimos 15 dias” que colocaram o sistema de abastecimento “no limite de sua capacidade”.

As empresas disseram que o fornecimento de combustível será “normalizado nos próximos dias”.

O fim de semana agitado no país por conta das eleições presidenciais no último domingo e o início da temporada de semeadura agrícola, somadas à manuteção de algumas refinarias, provocou uma maior dependência das importações de combustível.

Além disso, as empresas disseram que houve uma “demanda excessiva gerada por uma expectativa de escassez” por causa da falta de combustível registrada em alguns postos do país desde a metade da semana.

Embora as maiores filas tenham se concentrado no norte do país, vários postos nos arredores de Buenos Aires estavam fechados e, nos que ainda tinham combustível, as filas ultrapassavam 30 carros. A gasolina era vendida com limitação, irritando muitos dos moradores da capital.

Também houve confusão na cidade de La Plata, na província de Buenos Aires. “Fui a dois postos aqui em La Plata e acabei no terceiro, com três quarteirões de fila. Uma hora de espera para conseguir abastecer. Não sei se poderei trabalhar na próxima semana. Se não houver combustível, não poderei chegar ao meu trabalho na capital”, afirmou a dentista Flavia Turan.

A secretária de Energia da Argentina, Flavia Royón, anunciou que o governo prevê a chegada de 10 navios com combustíveis para aliviar a situação e que a capacidade de refino das instalações será ampliada para normalizar o abastecimento em todo o país.

“Reuni as principais refinarias do país para normalizar a situação dos combustíveis em todo território nacional. Acertamos a importação de 10 navios para garantir o abastecimento e evitar movimentos especulativos”, afirmou Royón em uma mensagem postada no X (antigo Twitter).

Posto na Argentina informa a clientes que está sem combustível — Foto: Gustavo Garello/AP