Familiares de um homem internado em estado vegetativo no Hospital de Emergência interpuseram recurso de proteção para que a equipe assistencial daquele centro médico retirasse os aparelhos de suporte de vida.

A apresentação foi admitida na tarde desta quarta-feira pela Justiça. Agora as partes devem apresentar seus posicionamentos em audiência a ser realizada na próxima semana.

A advogada Diva Ibargüengoytía disse que o objetivo desta apresentação é que “se cumpra a lei da morte digna da província de Córdoba e que sejam retirados os aparelhos de suporte de vida”.

“Tem uma resolução do comitê (de ética) que o hospital ignorou, reuniu com a família mas continuou atrasando o processo. A vontade da família é clara. Expressam o que JS expressou em vida”, explicou em declarações ao Mitra Córdoba.

Fundo

“Foram duas comissões. A primeira comissão é a comissão de ética do hospital, eles aprovaram a retirada de alimentação e hidratação. E aí é convocada uma segunda comissão, que é uma entidade autônoma, e eles recomendam o cumprimento da vontade do paciente, que é aquela personificada pela família. Os dois indicam exatamente a mesma coisa”, disse o advogado.

JS é um paciente internado desde 12 de março em estado vegetativo persistente, que não responde a nenhum tipo de estímulo.

críticos

“O que aconteceu com o Sr. JS é algo inédito no país e eu ousaria dizer que no mundo, que um paciente fique quatro dias sem alimentação e hidratação e depois sem consulta, sem que a família saiba, quando a família já estava com dores e passando por todo esse processo, ele voltou a se alimentar e hidratar”, disse o advogado.

Ele também insistiu que a lei é “clara”. “Eles não precisam de autorização da Justiça. Na verdade, tudo o que fazem é prolongar a vida dele de forma indigna”, concluiu.